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- A evolução das câmeras fotográficas
Postado por : Ítalo Tabosa
sábado, 18 de agosto de 2012
Há 173 anos, no dia 19 de agosto de 1839, a Academia de Ciências e a
Academia de Belas Artes de Paris, França, revelavam ao mundo uma
invenção que mudaria o mundo para sempre. Naquela data, cientistas,
jornalistas e o público em geral conheceram o daguerreótipo, um
dispositivo capaz de registrar imagens em uma placa coberta por
substâncias químicas, com um realismo até então nunca visto. Em bom
português, uma câmera fotográfica!
Diversos tipos de câmera, desde a Speed Graphic, passando pela DSLR até as compactas (Foto: Reprodução) |
Niépce e Daguerre: as primeiras fotografias
As câmeras fotográficas, desde o daguerreótipo até a Nikon D4, recém-lançada, são desdobramentos de uma invenção muito antiga, a câmera escura. Desde o século V a.C., gregos e chineses utilizavam caixas escuras, com um pequeno furo para projetar imagens invertidas numa superfície oposta. Com recursos a mais, o mesmo sistema é utilizado até hoje, com um filme ou um sensor de imagem nessa superfície.
Ilustração de um artista usando a câmara escura para fazer um desenho no séuclo XVIII (Foto: Reprodução) |
Mas, a fotografia, como conhecemos, começou a surgir em 1816, quando o francês Joseph Nicéphore Niépce desenvolveu uma técnica chamada heliografia (escrita com o sol). A heliografia consistia em passar uma solução chamada de betume da Judeia em uma placa de estanho. Quando exposto ao sol, o betume endurece formando uma imagem negativa. O problema é que Niépce ainda não havia percebido que era preciso remover a substância das partes que não foram expostas à luz, por isso, quando as fotos eram vistas muitas vezes (e expostas à claridade), acabavam escurecendo completamente.
"Vista da Janela em Le Gras", de 1826, foi a primeira fotografia bem-sucedida. Ela foi feita por Nicéphore Niépce, com ajuda de Louis Daguerre (Foto: Nicéphore Niépce) |
Juntos, Niépce e Daguerre começaram a desenvolver novos métodos para que as fotografias fossem mais eficientes e fáceis de serem produzidas. A heliografia havia dado certo, mas demorava horas para dar algum resultado. Eles precisavam de formas mais rápidas para se registrar imagens. Com a morte repentina de Niépce, em 1833, Daguerre proseguiu sozinho nas pesquisas.
Daguerreótipo produzido por Susse Frére em 1839 (Foto: Reprodução) |
Quando o daguerreótipo foi apresentado ao mundo, em 1839, sua patente foi comprada pelo governo francês, o transformando em domínio público. A partir daí, o aparelho se tornou popular na Europa e nas Américas, onde fez sucesso até a década de 1890. A sensibilidade das placas foi aumentada, diminuindo o tempo de exposição para que as imagens fossem criadas.
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